sábado, 26 de setembro de 2015

Pequena crónica do empréstimo de duas mil almas Alpalhoeiras

    "26/9/1895
    Pequena crónica do empréstimo de duas mil almas alpalhoeiras:
    Podia ter sido hoje,mas foi há 120 anos.
    ...
    Decretou o governo, na altura do Partido Regeneador, que um concelho, para permanecer concelho, não poderia ter menos de 15.000 habitantes.
    Logo o Partido Progressista com quem aquele alternava no poder num ora-agora-mandas-tu-ora-agora-mando-eu que se replica nos nossos tempos, se escandalizou e o seu caudilho distrital José Frederico Laranjo veio mesmo dizer:

    " Quando pensam em economia, quando pensam em sacrifícios, não começam por dar o exêmplo de se sujeitarem a elles; então pensam em encommmodar os povos decepando lyceus, suprimindo districtos, extinguindo concelhos"
    Estas palavras não se aplicam aos dias de hoje. (Tanto "encomodar" como "lyceus" já não se escreve assim).

    No distrito de Portalegre perderam a sua velha autonomia os concelhos de Marvão.do Gavião.de Sousel e de Monforte.
    O subterfúgio arranjado para que o concelho do Crato escapásse à anexação foi a transferência de Alpalhão para as terras que foram da Ordem de Malta mas a que, históricamente, nunca pertencêra. Transferência pouco duradoira. Mal tinham passado dois anos (15/1/1898) o governo passa para as mãos dos Progressistas e tudo volta à primitiva forma :velhos concelhos restaurados e Alpalhão de volta ao de Nisa."
    José Caldeira Martins

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